Contos Achados Design

Samora Machel nunca foi enfermeiro, mas sim ajudante de enfermeiro

 


Na Frelimo de 1963 a1969, a presença de indivíduos com habilitações literárias acima do quinto ano dos liceus era maioritária nos indivíduos oriundos do centro de Moçambique. Tirando desta análise as figuras do presidente Mondlane, do vice-presidente Uria Simango e os indivíduos não negros no interior do movimento, com a excepção de Joaquim Chissano e de Pascoal Mocumbi os restantes indivíduos oriundos do sul, na sua maioria, não possuíam para além do terceiro ano liceal (o correspondente a oitava classe actual). Em contrapartida, grande parte dos indivíduos oriundos do centro do país tais como Bernardo Ferraz, Ferrão, Carlos Lobo, Alberto Cassino, Júlio Razão de Nilia, Henrique Boné Mulieca, João Rajabo da Costa, José Marcos ldilato, António Bucha Kachiputo, João Unhai, Faustino Kambeu, João Nicolau Pires, Lourenço Mutaca, António Palange, Alberto Sithole, Zacanas Dhlakama, Carlos Klint, Miguel Murupa, António Disse Znngazenga e muitos outros, amior parte dos quais se juntou a Frelimo saindo do Seminrário Maior da Namaacha, já possuíam o segundo ciclo concluído, ou seja, o quinto ano liceal (décima classe, actual)z|3.

 Muitos haviam optado pelo estudo da Filosofia como disciplina curricular nos seminários que frequentavam, para além de estarem matriculados no ensino pré-universitário. Em termos literários pode-se afirmar que na Frelimo daquela época os originários do centro, com destaque para a província da Zambézia, possuíam melhores habilitações académicas do que a maioria dos que eram provenientes de outras zonas do país. Alguns deles, nomeadamente Ferraz, Palange e Unhai foram os primeiros professores de raça negra no Instituto Moçambicano em Dar esSalam. Muitos deles haviam, antes de se juntarem à Frelimo, frequentado o sexto e sétimo anos liceais. Indivíduos como Feliciano Gundana la, Silvério Nungu, Filipe Magaia e Jaime Sigauke e muitos outros do centro do país na Frelimo, tinham passado por escolas secundárias onde alguns frequentaram o terceiro ano, contrariamente aos oriundos do sul que acabaram por assumir a direcção política no movimento. Samora Machel, que mais tarde viria a tomar o poder efectivo na Frelimo, não era superior literariamente a muitos. Mesmo que se diga que no início de 1959 começou a frequentar o curso dos liceus, nada consta que tenha concluído com êxito o segundo ciclo do ensino secundário até ,altura em que se juntou à Frelimo. E, que se saiba, nunca passou de auxiliar de enfermeiro. Em Dezembro de 1961 foi reprovado no exame final do curso de enfermagem. Os restantes indivíduos da ala regionalista do sul, tais como Mateus Sansão Muthemba, Sebastião Marcos Mabote, Aurélio Manave, Dinis Moiane, Lourenço Matola, Francisco Sumbane, Josina Abiatar Muthemba, Armando Emflio Guebuza, José Moiane e outros que viriam a conquistar o Poder efectivo na altura da luta armada de libertação nacional, não eram superiores literariamente em relação a outros moçambicanos do centro e norte de Moçambique que se haviam juntado à Frelimo. Em média, esses possuíam a sexta classe e nem todos gozavam do estatuto de assimilados pelo simples facto de terem vivido em cidades como Lourenço Marques. Nenhum dos indivíduos do sul, com excepção de Joaquim Chissano e Pascoal Mocumbi, era academicamente superior em relação ao grupo oriundo daZambézia acima referido. Os que possuíam a quarta classe concluída eram, igualmente, maioritários no grupo oriundo do centro do país. Na altura das grandes conspirações internas dos fins da dé,cadasessenta, por exemplo, Lourenço Mutaca estava a terminar a sua licenciatura em Economia e Finanças. António Butcha Kachiputo estava a estudar para a obtenção do mestrado. António Zengazenga em vias de completar o doutoramento. Na época, académicos moçambicanos naturais do sul de Moçambique, dignos desse título, tais como o Dr. João Nhambi e o Dr. Nhancale nunca se aliaram à Frelimo durante a fase da luta armad*zr. Portanto, conclui uma das fontes consultadas," a condição subalterna da maioria dos indivíduos do centro e norte integrados na Frelimo, e, após a independêncin de Moçambique, na esfera político-soci.al,foi minuciosamente desenhada no tempo da luta armada de libertação nacional. Não é porque outros eram superiores academicamente não".


BAIXE O LIVRO URIA SIMAMGO UM HOMEM UMA CAUSA







Reactions

Enviar um comentário

1 Comentários

  1. Procurem melhorar a forma de escrever. Detectei vários erros ortográficos.
    É lamentável.

    ResponderEliminar
Emoji
(y)
:)
:(
hihi
:-)
:D
=D
:-d
;(
;-(
@-)
:P
:o
:>)
(o)
:p
(p)
:-s
(m)
8-)
:-t
:-b
b-(
:-#
=p~
x-)
(k)