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Os funcionários das morgues podem estar a espalhar a Covid-19, alerta Paulo Massango


Por: Izaldo Matavele

 Numa altura em que os número de infectados pela covid-19 têm vindo a aumentar significativamente, cresce também a preocupação dos que estão cientes da perigosidade desta doença. 

Várias medidads foram tomadas com vista a evitar a propagação do novo Corona vírus, mas ao que tudo indica, parte da população mocambicana continua a desenvolver as suas actividades como se a covid-19 não existisse e só se preocupam em cumprir com as medidas de precaução, quando são obrigadas, ou seja,  na presença da polícia.


Numa entrevista concedida ao Contos Achados pelo psicologo Paulo Massango, perguntamos qual e análise que ele faz sobre a postura dos mocambicanos nessa fase em que há mais contaminados e mortes? Ao que defendeu, "haver uma tentativa de responsabilidade em relação a prevenção, mas nalgum momento ela ultrapassa as capacidades de cada um, em termos de gestão. Pois ela não depende de uma só pessoa, tem que ser colectiva porque eu posso me precaver e estar inserido numa família sem consciência dos perigos da covid-19 e acabar  anulando o meu esforço na totalidade”.

Paulo Massango, afirma que “o uso por exemplo da máscara fica como se fosse um bilhete para entrar numa loja ou aceder ao transporte público, mas não na consciência de prevenção”.


Olhando para a diferenca que existe no número de contaminados entre a cidade e província de Maputo comparando com o resto do país o nosso entrevistado diz que isso "deve-se ao facto de na cidade capital existir mais unidades sanitárias e por isso ser mais fácil de identificar os suspeitos e segundo porque é na capital onde as pessoas cruzam-se, estão aqui, mas não são daqui".




Cerimónias Fúnebres


Em quase todo mundo as cerimónias fúnebres foram abreviadas ou descartadas pelo medo de aumentar o contágio. O que não defere do que acontece em Moçambique, porém algo chamou a atenção de Massango quando este teve de identificar um corpo de alguém próximo em algumas casas mortuárias da cidade capital.

Segundo Paulo os corpos dos que morrem de Covid-19 e outras doenças associadas não estão identificados e os funcionários das morgues não têm equipamentos adequados ou completos para a sua proteção contra o novo Corona vírus.

"Os corpos das pessoas que morreram de Covid-19 e outras doenças associadas não estão identificados nas morgues e os funcionários manuseiam esses mesmos corpos sem equipamentos adequados e continuam com os mesmos de sempre". 

Relata ainda que na sua primeira experiência o funcionário de uma casa mortuária perguntou-lhe, qual era a causa da morte da pessoa que ele procurava, tendo ficado mais calmo quando este respondeu que não era Corona. O que para Massango significa, "os trabalhadores das morgues podem manusiar corpos de pessoas que morreram de Covid-19 sem saberem, o que é um risco para a sociedade", e pede aos responsáveis por estas áreas para equiparem os seus funcionários.

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1 Comentários

  1. O que podemos fazer para resolver esse problema que estamos a viver dia pós dia.dr!!!

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