Prosseguindo, o mano Mané, como é carinhosamente chamado, sobretudo lá para as bandas dos bons sinais, defendeu que a Frelimo devia ser ilegalizada enquanto partido político, por estar a promover um comportamento antidemocrático, incluindo internamente. “Numa das visitas que o secretário-geral da Frelimo, Roque Silva, efectuou na província da Zambézia, num dos seus discursos bastante contestado no seio do partido que dirige, alegou que ninguém deve querer concorrer a qualquer cargo no partido, mas sim o partido tem que querer. Quer dizer, num país normal e no estado dedireito democrático já podia se ilegalizar a Frelimo. A PGR já devia ter instituído um processo para verificar a legalidade e a democraticidade dentro do partido Frelimo”, sugeriu Araujo. Para sustentar a sua ideia, De Araújo lembrou a febre das candidaturas únicas nos órgãos sociais do partido no poder, tal como se viu nos Conselhos Nacionais da OMM e ACLIN, esperando-se que também aconteça na OJM. Aliás, chega a afirmar que a Frelimo está a decalcar o modelo de vitórias à moda Correia de Norte.
Desde a
eleição de Lutero simango como presidente do MDM, várias críticas têm sido
feitas publicamente, muitas delas destacando a sua apatia e fraca intervenção
em vários momentos da vida do país, o que o coloca solas abaixo do nível de
carisma de que o seu falecido irmão, Daviz Simango, granjeava. De Araújo, que
já foi membro do MDM, partido que o levou à liderança da cidade de Quelimane em
2013, diz que esperava muito mais do Lutero Simango, dando a entender que desde
a sua eleição não tem estado a fazer muito para granjear a simpatia dos
moçambicanos, numa situação que o país se encontra mergulhado em crises e
vários problemas. “Esperava muito mais do presidente do MDM. Desde que ele foi
eleito ainda não vi uma grande entrevista. Houve ciclone Gombe, nem sequer
vimos a sua aparição. Quer dizer, este líder nem sequer deu a sua cara para
solidarizar-se com a população afectada, contrariando a aparição notável do
antigo presidente Daviz Simango no IDAI, a política não deve ser feita no
quarto”, criticou De Araujo.(
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