O escândalo sobre os militares fantasmas nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) veio destapar a podridão e corrupção militar que, por décadas, reinou e alimentou vidas luxuosas de altas patentes confiadas para garantir a defesa e soberania do país.
Fontes da “Carta”, devidamente posicionadas no Estado-Maior
General das FADM, revelam que entre as irregularidades detectadas nos últimos
meses está o crescente número de filhos de antigos combatentes, generais,
coronéis e políticos, que engrossam a lista das FADM e auferem salários, mas
sem nunca terem estado em uma formação militar e muito menos colocar os pés em
uma unidade militar.
O esquema, dizem as fontes, incluía a distribuição de senhas de comidas, bebidas alcoólicas e combustível e dinheiro de renda. Trata-se de uma prática antiga e já enraizada e que nunca teve tratamento especial por parte dos sucessivos Chefe de Estado-Maior General das FADM.
As fontes não detalharam os nomes de filhos de antigos
combatentes, generais e políticos que auferiam salários nas FADM sem serem
militares.
Outra irregularidade detectada está relacionada a militares
que auferiam dois salários. Tal facto, explicam as fontes, acontecia sempre que
os militares eram transferidos de uma unidade para outra, pois, no lugar de
serem pagos apenas no lugar de chegada, também recebiam salários processados
dos seus locais de proveniência.
Refira-se que, devido à existência de militares fantasmas
nas FADM, alguns militares viram os seus ordenados atrasarem, sendo que serão
pagos esta sexta-feira. (O.O.)
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