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''Não há garantia de que a vacina chinesa é eficaz” - Gilberto Manhiça

 


O Bastonário da Ordem dos Médicos de Moçambique (OMM), Gilberto Manhiça, chamou atenção sobre a má interpretação que se tem dado ao processo de imunização que vai iniciar nos próximos dias no país. A fonte rebateu a ideia de que o processo de vacinação vai ditar o fim da luta contra a Covid-19, e alertou para o facto de não haver evidências de que a vacina chinesa, Verocell, vai proporcionar imunidade permanente para quem for vacinado, como se pensa. Manhiça chamou atenção para a conclusão que se tem quando se dita a eficácia de uma vacina, explicando que essa eficácia é tida por meio de amostras e, as mesmas não podem ser generalizadas, pois a sua eficácia pode não se aplicar para todos os casos. A vacina tem 79% de eficácia para prevenir doença sintomática. Aliás, a título de exemplo, invoca-se a questão de a vacina da AstraZeneca, que é usada por muitos países com circulação comprovada de variantes da Covid-19, como o Brasil e Inglaterra, mas, ainda assim, houve rejeição na vizinha África do Sul, mesmo tendo 76% de eficácia. “A vacina é muito complexa. A vacina contra o Sarampo ou a Pólio, por exemplo, tem imunidade permanente, mas nem todas as vacinas assim são. Precisa-se, ainda, de um estudo para testar a durabilidade da eficácia desta vacina”, disse. Adiantou que, neste momento, decorre um processo de avaliação para aferir a durabilidade da eficácia da vacina. Deste modo, “não vamos combater a Covid-19 por ter profissionais de saúde vacinados, isso não vai permitir que eles estejam totalmente protegidos. Toda a acção de mitigação deve ser acompanhada pelas medidas preventivas”, disse. Explicou que a eficácia que muitas vezes é tida em conta para medir a qualidade da vacina pode ser enganadora, na medida em que é baseada em amostras e, as mesmas, “não podem ser generalizadas, porque, primeiro, elas podem aplicar-se em algumas realidades e não noutras”. A vacina chinesa revela 100% de eficácia na prevenção de mortes, internamentos, mas de nenhum modo deve haver generalizações.


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