A morte do presidente do Movimento
Democrático de Moçambique (MDM) e autarca da Beira, Daviz Simango, apanhou o
país de surpresa.
Aos 57 anos, Simango, era engenheiro de profissão mas foi na política que se destacou ao seguir as peugadas do pai, Uria Simango, antigo vice-presidente da Frelimo, que depois o executou.
Ele começou a carreira política na Renamo, mas saiu e, em 2009, fundou o MDM e ganhou duas eleições autárquicas na Beira.
Ele levou o partido ao Parlamento, reduzindo assim o peso do bipartidarismo, entre a Frelimo e a Renamo.
O MDM está “devastado” com a perda do seu
líder.
Por seu lado, o secretário geral da Renamo, André Majibire, recorda Simango, como um homem que deixou um legado importante, sobretudo, para a cidade da Beira.
“O engenheiro Daviz Simango, quando concorreu, pela primeira vez para a autarquia da Beira, a cidade tinha sérios problemas de fecalismo a céu aberto, mas graças à sua liderança, a situação passou para a história”, exemplifica Majibire.
A Frelimo, partido no poder, considerou que Daviz Simango, foi "um dirigente destacado na consolidação da democracia no país"
“Perdeu a vida um dirigente destacado na arena política nacional, que vinha desenvolvendo um papel profundo na consolidação da democracia moçambicana”, afirmou Roque Silva, secretário-geral da Frente de Libertação de Moçambique em conferência de imprensa convocada a propósito da morte de Simango.
Roque Silva enalteceu o papel de Daviz Simango na qualidade de autarca da Beira e membro do Conselho do Estado, como marcos do compromisso do político com a pátria.
Por três vezes candidatou-se à Presidência da República, onde pretendia implementar a sua visão e pensamento de“um Moçambique para todos”.
O político Raúl Domingos, que com ele conviveu quando ambos faziam parte da Renamo, vislumba um futuro sombrio para o partido.
“Como sabe, toda a oposição está confrontada com esta tendência de monolítica do partido no poder e, como pode ver, nas últimas eleições, o MDM em vez de progredir, regrediu, e isto torna-se agora um desafio maior com ausência de Daviz Simango”, vaticina.
As causas da morte de Simango não foram
reveladas e desconhece-se a data das exéquias fúnebres.
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