Por: Flávio Augusto Mangue Jr
Meu nome talvez seria Azarenta, mas apresento-vos o que realmente me caracteriza.
Sou Natália, miúda de 17 anos, que entrou na vida adulta bem cedo quando via minha primeira menstruação.
No princípio eu queria ser o que as minhas irmãs mais velhas são, pois essas contavam-me histórias " O quão bom era beijar, o quão era bom receber abraços do seu amado e etc...". Com aquelas histórias lindas eu quase nem dormia pois achava-me também na mesmas histórias.
Procurando acompanhar as histórias das minhas manas, eu também procurei engrenar e mudar a minha maneira de ser.
Aos 14 anos de idade na minha primeira menstruação, procurava vestir muito bem, aquele penteado para criar assobios em jovens da minha idade, e eu fazia isso como uma forma de sair do cómodo para sentir o mundo.
Foram anos atrás de beijos, mas ainda não estava preparado para entregar a coisa boa ao homem assim como sentir a chama que vem em mim.
Durante poucos anos, conheci um jovem bom em pouco, lindo, gostoso e apreciável em todos os semblantes que quando falava eh podia aceitar dar tudo por causa do seu jeito de ser.
O nome dele soava nos meus ouvidos quando eu sonhava, pois ele fazia me sentir mulher e não aquela adolescente imatura, pois tudo eu fazia para que ele também fosse para mim.
Chegado um tempo me envolvi completamente e depois daquilo, descobri que eu já estava grávida nos meus 16 anos, e aí começou o castelo negro.
Quando eu me apercebi que já estava lá, procurei ser sempre verdadeira com ele e disse que estava grávida...
Naquele momento o jovem, meu namorado começou a transpirar numa temperatura de 23 graus celsius, e procurei saber o que estava acontecendo, e o mesmo apenas disse: "NÃO ESPERAVA QUE FOSSES TÃO IRRESPONSÁVEL!".
Nos meus ouvidos algo disparou, e me indignei com as suas Palavras, pois este depois saiu e despejou em meus olhos que aquela grávida não lhe pertencia.
Mais uma vez, começou o inferno na minha vida, onde a minha família começou a me rejeitar afirmando que já era mais prostituta que filha.
Tempo depois eu dei a luz a um menino, e por não ter pai presente eu procuro ser um pai para ele, quebrando toda vergonha, em mim de modo que eu tenha o pão de cada dia, e hoje por onde ando ele está comigo, e essa é a minha história, uma mulher que luta com sonhos, de modo que um dia eu conte a história ao meu filho.
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