De acordo com o portal noticioso congolês Actualité, que cita o representante local do Programa Nacional da Higiene nas Fronteiras, Christian Mabedi, 210 pessoas chegaram a Kamako na segunda-feira, enquanto outras 50 atravessaram o posto fronteiriço durante o dia de ontem.
“Eles chegaram exaustos e sem nada. Disseram-nos que foram vítimas de maus-tratos por parte das forças de segurança angolanas. O grave é que algumas das mulheres chegaram quase nuas”, referiu Mabedi, acrescentando que foi medida a temperatura a todos os que atravessaram a fronteira e nenhum apresentou sinais de COVID-19.
Na semana passada, o governo provincial de Kasai lamentou, durante o Conselho de Ministros, a expulsão dos congoleses de Angola e a incursão das forças armadas angolanas em território congolês.
Até março, cerca de 20 mil refugiados foram colocados na fronteira pelas autoridades angolanas, com o acordo do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Os refugiados têm-se queixado recorrentemente de abusos por parte das autoridades de Angola, que têm negado a acusação, e alegam que são forçados a caminhar durante dias, dormindo à beira da estrada e carregando todos os seus bens.
Para Luanda, os congoleses que não se registaram nos serviços de imigração são considerados imigrantes ilegais porque a guerra civil no país vizinho já terminou e perderam o estatuto de refugiados.
Sapo
0 Comentários