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12 membros da mesma família acusados de assassinato são julgados em Inhambane


Acusado de feitiçaria, um idoso de 75 anos foi enterrado vivo em setembro do ano passado por mais de 20 pessoas da mesma família, isso quando saiam de uma cerimônia fúnebre. São ao todo 12 arguidos entre eles filhos, sobrinhos e netos da vítima que responderão pelo crime de homicidio qualificado, segundo o ministério público.
A magistrada deste ministério, Cristina Maziva, disse que pelo comportamento, os arguidos Américo Magumba, Zacarias Magumba, António Luís Magumba, Armando Zacarias, Maria Zacarias Ricardo Fernando, Beatriz Zacarias, Maria Magumba, Albertina Magumba Helena Zacarias e Santos Simone, são acusados de co-autoria material e moral do crime de Homicídio Qualificado, previsto e punido no Código Penal, com pena de prisão maior de 20 a 24 anos.
Américo Mangumbe, réu, que é tido como o cabecilha da operação e foi por isso o primeiro a ser ouvido. Questionado pelo Juiz David Foloco, o arguido confessou a prática do crime.
“Nós tentamos conversar com nosso pai, mas ele não aceitou. Depois disso, eu fiquei muito zangado e sugeri ao meu irmão que levássemos ele para o cemitério. Lá enterrados ele vivo, porque pensávamos que isso ia resolver o problema”
No entanto o réu justificou o assassinato, afirmando que“: Na nossa família morre-se muito. Morre pelo menos uma pessoa por ano. Quando fomos investigar o que se passava, um espírito da igreja Zione nos disse que era ele que provocava essas mortes” disse o réu ao tribunal.
Ao todo, o tribunal Judicial da província de Inhambane deverá ouvir 12 réus e outras 22 pessoas entre declarantes e testemunhas.

Izaldo Matavele
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