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MAFAVUCA "O RESSUSCITADO" parte 3– FELIX COSSA


O cerco apertava-se, ninguém mais ,acreditava na sua recuperação, até o próprio Muluci havia perdido a fé da sua existência, deambulava pelas ruas e becos de Maputo e Matola fazendo biscates como carvoeiro, ajudante de pedreiro, gaygay
(carregador de sacos nos mercados), com o agravante de beber em demasia e comer menos e ja ingeria bebidas caseiras e como desculpa,sempre que sorvesse um copo de uma bebida qualquer gritava "todo o sabão lava".
Numa tarde de inverno, depois de mais uma jornada laboral no Mercado do Zimpeto, enfiou se num dos bares senta baixo entre os Complexos Thinyiko e Molumbela exagerou na dosagem e quando ja regressava a sua residência de um quarto e sala em Khongolote que recebera após as cheias do ano dois mil ,quando ia atravessar o Rio MULAUZE em memoria aos velhos tempos em Chibuto quando atravessava o Limpopo, eis que as suas pernas já debéis devido ao consumo excessivo do alcool cederam e Muluci beijou o chão, sem apelo nem agravo. Na manhã seguinte trasuentes curiosos aproximavam,se verificam e continuavam o seu percurso feito formigas no seu ofício,ate que alguém reconheceu aquela alma muda, gelada e inerte.A noticia da sua morte espalhou se a uma velocidade supersónica. Curiosos, familiares e peritos foram ate ao local do incidente,para examinar o cadaver e apurar as causas da sua morte e a sua posterior evacuação. O ambiente era funebre e quando o Sol já estava quentinho e gostoso como tem sido nas manhãs de inverno dançando a musica da vida, quando Muluci abriu os seus olhos ao jeito de quem sucumbiu nos braços do alcool e com uma voz rouca e trémula pronunciou as seguintes palavras para o gáudio dos presentes "XIBUTSU MUZAYA,XIWA NIKUPHUKA" e no mesmo instante morria o Muluci e nascia o MAFAVUCA.


FIM
Minyetani WAKA Khossa
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