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MAFAVUCA (O RESSUSCITADO) – FÉLIX COSSA (Moçambique)



PART 2
Muluci era um boémio, amante do bom copo, viuvo do paladar, um escape do tabaco e não comia sem piri piri, o tempo seguia o seu o seu trajecto e a intimidade entre o gazense e alcool fortificava se, mas a sua produção laboral ia decrescendo e por via disso o seu patronato premiou o com ferias definitivas e um envelope com alguns trocados como compensação pela sua juventude ali perdida.
Muluci zanzou pela cidade das acacias a procura da sua segunda oportunidade mas debalde e a medida que os seus intentos iam ficando frustados, Muluci mais bebia e assim as portas da ocupação iam se fechando enquanto o alcoool ia tendo mais zonas libertadas no seu organismo. A Vida ia de mal a pior e o cerco de Muluci ia apertando se ate ao dia que Nthiyissu um ex colega do Muluci na padaria Malhangalene, arranjou lhe um emprego com eventual numa fabrica de aguardentes alugures no Zimpeto,como fiel de armazem (aceitou sem saber se agradecia a Deus ou culpava o Diabo). Mesmo assim segurou a oportunidade como os melhores guarda redes defendem a sua baliza. Começou a frequentar uma seita religiosa dentre as varias "milagrosas" pela capital, deu trégua ao alcool e ao tabaco mas a sua relação com o piri piri parecia perpétua.
A Vida voltava a lhe sorrir,estava reconstruir a sua vida com uma Irma espiritual,por sinal viuva que lhe encaminhou a casa do Senhor.Tudo ia de vento em pompa ate ao dia que teve um encontro fatal com uma garrafa de aguardente no seu posto de trabalho,tentou resistir, evitou a, mas era uma longa noite de inverno e já vencido pelo desejo,abriu a garrafa com a intenção de cheirar e sorver apenas os lábios da garrafa e quando deu por si, já havia liquidado a garrafa e estava com calças molhadas e perfumadas de urina e em sua frente estavam o seu gerente e os seus colegas,arrependeu se do dia que provou o alcool mas, mais uma vez ia engrossar o já numeroso exercito de desempregados.
Continua
Minyetani WAKA Khossa
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